A China é atualmente o maior produtor de metais terras raras do mundo. Porém, está enfrentando um sério problema no controle da produção destes metais: contrabando. E por isso a exportação de metais terras raras está sendo significativamente reduzida pelo governo chinês. As exportações destes metais sofrerão uma queda de 72%. Mesmo sendo o maior produtor mundial, a China também busca ampliar a exploração natural destes metais, tentado comprar os direitos de mineração em outros países. Atualmente a China controla 97% do mercado global de metais terras raras, e quase 60% de todos os recursos naturais fontes destes minérios, que tomam parte na produção de bens eletrônicos como smartphones, carros flex e turbinas de vento.
O governo chinês comunicou que em 2008 houve contrabando de 20.000 toneladas de metais terras rara para fora daquele país, um terço de tudo o que a China produziu naquele ano. Em 2010, sete suspeitos foram presos por possivelmente terem atuado no contrabando de cerca de 4.000 toneladas de metais terras raras, no valor aproximado de 16,3 milhões de dólares. Além do contrabando fazer com que os preços internacionais dos metais terras raras diminuam, as fontes destes metais sofrem uma diminuição mais acentuada. Assim, o governo chinês decidiu implementar medidas severas para controlar a produção e a comercialização de metais terras raras encontrados em seu território.
Estima-se que na China a utilização industrial de metais terras raras irá ser igualada à produção do minério em 2012. Por isso, o governo chinês iniciou a busca de novas fontes destes recursos naturais. A companhia chinesa China National Offshore Oil Corporation tentou adquirir a Unocal, uma companhia norte-americana sediada na Califórnia, por US$ 18,5 bilhões. A subsidiária da Uncol, Molycorp Minerals, tem o direito de explorar a única mina de metais terras raras dos EUA. Apesar da Molycorp ter fechado a exploração em 2002, a empresa deverá reativar a mina de terras raras em 2012. Já na Austrália, a Lynas Corporation iniciou a exploração de metais terras raras em 2009. Pouco tempo depois a companhia chinesa China Non-Ferrous Metal Mining Company tentou adquirir 51% das ações da Lynas, também sem sucesso, graças ao apoio do governo australiano de não querer a exploração chinesa em seu território. Mesmo assim, a Jiangsu Eastern China Non-Ferrous Metals adquiriu 25% das ações da Arafura Resources, outra companh
ia australiana que deverá explorar metais terras raras, em uma mina que representa 10% do reservatório mundial destes metais. A China também busca conseguir a exploração destes minérios no continente africano.
Fonte: Chemistry World