segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Tecnécio-99 e Astato-210

A utilização de radioisótopos em medicina nuclear está severamente comprometida por causa da diminuição da disponibilidade de um elemento radioativo para esta técnica de diagnóstico. Segundo notícia publicada no ScienceDaily, o principal elemento que é utilizado em medicina nuclear, o Tecnécio-99 (99Tc), é derivado do Molibdênio-99, o qual apresenta atualmente baixa ocorrência. O 99Tc é utilizado em cerca de 16 milhões de testes de diagnóstico/ano nos EUA, principalmente de câncer e doenças cardíacas. Devido à baixa produção de 99Tc, muitos exames não estão sendo realizados, comprometendo a continuidade de tratamentos médicos.

O 99Tc utilizado para fins médicos é produzido por 6 reatores nucleares, que devem passar por manutenções periódicas. O problema é que os reatores estão se tornando velhos e inadequados para a produção de radioisótopos. O problema se tornou particularmente grave em maio deste ano, quando o reator NRU de Chalk River, Canadá, parou de funcionar e deverá permanecer em manutenção por 1 ano. Este reator é o principal produtor de 99Tc. Leia mais sobre o 99Tc aqui.

Este fato lembrou outro, ocorrido em sala de aula. Discutindo sobre a reatividade de halogenetos de alquila, um dos alunos perguntou “E o Astato (210At), professor?”. Tive que confessar meu total desconhecimento sobre a química do 210At, e deleguei ao aluno trazer informações sobre o 210At para a sala de aula. Dito e feito. Na aula seguinte, o aluno relatou que a química do 210At é praticamente inexistente pelo fato de existirem somente 25 g de 210At na superfície terrestre. É verdade. O 210At é considerado o elemento natural mais raro

Fonte: Química de Produtos Naturais