Na atividade científica, tradicionalmente novos conhecimentos se sobrepõem para que uma verdade seja substituída por outras mais atuais. Quando o assunto é o aquecimento global do Planeta, as mudanças dos fenômenos naturais, aliadas às recentes conclusões dos cientistas que se dedicam a entender o tema, fazem com que esse efeito benéfico da sobreposição do conhecimento seja ainda mais intenso e verdadeiro.
“A controvérsia é sempre algo muito bom na ciência, que é a única atividade humana que pode se desdizer de si mesmo, diferentemente de várias outras áreas como a religião e a transcendentalidade do homem, em que o ser humano pode acreditar ou não”, disse Alberto Brum Novaes, professor do Instituto de Física da Universidade Federal da Bahia (UFBA), na Reunião Regional da SBPC em Boa Vista.
“Na ciência, como os pesquisadores estão sempre em busca da verdade, o avanço do conhecimento é determinado pelo método científico e pelo espírito crítico. Hoje, o que podemos dizer com toda segurança é que o aquecimento global é uma realidade universal e ações para reduzir as emissões de carbono são cada vez mais emergenciais para mitigar seus impactos na biodiversidade”, complementou o docente, que na tarde de quinta-feira (21/10) apresentou a conferência “O efeito das mudanças climáticas no Brasil”.
“Na ciência, como os pesquisadores estão sempre em busca da verdade, o avanço do conhecimento é determinado pelo método científico e pelo espírito crítico. Hoje, o que podemos dizer com toda segurança é que o aquecimento global é uma realidade universal e ações para reduzir as emissões de carbono são cada vez mais emergenciais para mitigar seus impactos na biodiversidade”, complementou o docente, que na tarde de quinta-feira (21/10) apresentou a conferência “O efeito das mudanças climáticas no Brasil”.
Na avaliação dele, o conhecimento sobre as causas e os efeitos das mudanças climáticas vêm evoluindo muito bem nos últimos anos, por conta dos estudos de milhares de pesquisadores de renome em todo o mundo. Destaque para os trabalhos dos integrantes do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que fizeram uma ampla avaliação dos efeitos antropogênicos (derivados de atividades humanas) dessas mudanças não só na atmosfera, mas no meio ambiente como um todo, incluindo os oceanos e as florestas.
“Os estudos se baseiam em modelos numéricos e em séries climáticas dos últimos 150 ou 200 anos, mas as pesquisas atuais já demonstram efeitos há centenas de milhares de anos, particularmente nas regiões polares a partir de testemunhos no gelo. A Terra nunca teve um ciclo de alteração climática como nos últimos anos. Acredita-se, por exemplo, que pelo menos 15 novas espécies estejam sendo extintas por ano”, explicou o secretário regional da SBPC na Bahia.
As alterações na temperatura da Terra são, de acordo com ele, apenas uma das consequências das mudanças ambientais globais, que também inclui o crescimento populacional, consumo de água, desmatamento, exploração pesqueira, consumo de papel, construção de barragens e consumo de petróleo, carvão e fertilizantes. “Essas são as principais atividades humanas responsáveis pelo aquecimento global. A população mundial já se aproxima das 7 bilhões de pessoas e outros 130 milhões de indivíduos estão nascendo todos os anos", apontou.
A emissão de dióxido de carbono (CO2) devido à queima de combustíveis fósseis, no entanto, continua sendo o principal vilão do aquecimento global, destacou Brum. “Só para ter ideia desse impacto, hoje são mais de um bilhão de veículos na terra queimando o gás, além de centenas de milhões de fábricas no mundo que também utilizam combustíveis fósseis em sua matriz energética.”
A concentração de CO2 na atmosfera vem aumentando desde o início da Revolução Industrial, em 1750. Desde 1995, o aumento da concentração do gás tem sido da ordem de 1.9 ppm (partes por milhão) por ano. “Hoje, o Brasil contribui com quase 5% de todo o aporte de CO2 na atmosfera e é o quarto maior emissor do planeta”, disse Brum.
As alterações na temperatura da Terra são, de acordo com ele, apenas uma das consequências das mudanças ambientais globais, que também inclui o crescimento populacional, consumo de água, desmatamento, exploração pesqueira, consumo de papel, construção de barragens e consumo de petróleo, carvão e fertilizantes. “Essas são as principais atividades humanas responsáveis pelo aquecimento global. A população mundial já se aproxima das 7 bilhões de pessoas e outros 130 milhões de indivíduos estão nascendo todos os anos", apontou.
A emissão de dióxido de carbono (CO2) devido à queima de combustíveis fósseis, no entanto, continua sendo o principal vilão do aquecimento global, destacou Brum. “Só para ter ideia desse impacto, hoje são mais de um bilhão de veículos na terra queimando o gás, além de centenas de milhões de fábricas no mundo que também utilizam combustíveis fósseis em sua matriz energética.”
A concentração de CO2 na atmosfera vem aumentando desde o início da Revolução Industrial, em 1750. Desde 1995, o aumento da concentração do gás tem sido da ordem de 1.9 ppm (partes por milhão) por ano. “Hoje, o Brasil contribui com quase 5% de todo o aporte de CO2 na atmosfera e é o quarto maior emissor do planeta”, disse Brum.