domingo, 30 de janeiro de 2011

Terras raras em alta

A China é atualmente o maior produtor de metais terras raras do mundo. Porém, está enfrentando um sério problema no controle da produção destes metais: contrabando. E por isso a exportação de metais terras raras está sendo significativamente reduzida pelo governo chinês. As exportações destes metais sofrerão uma queda de 72%. Mesmo sendo o maior produtor mundial, a China também busca ampliar a exploração natural destes metais, tentado comprar os direitos de mineração em outros países. Atualmente a China controla 97% do mercado global de metais terras raras, e quase 60% de todos os recursos naturais fontes destes minérios, que tomam parte na produção de bens eletrônicos como smartphones, carros flex e turbinas de vento.

O governo chinês comunicou que em 2008 houve contrabando de 20.000 toneladas de metais terras rara para fora daquele país, um terço de tudo o que a China produziu naquele ano. Em 2010, sete suspeitos foram presos por possivelmente terem atuado no contrabando de cerca de 4.000 toneladas de metais terras raras, no valor aproximado de 16,3 milhões de dólares. Além do contrabando fazer com que os preços internacionais dos metais terras raras diminuam, as fontes destes metais sofrem uma diminuição mais acentuada. Assim, o governo chinês decidiu implementar medidas severas para controlar a produção e a comercialização de metais terras raras encontrados em seu território.

Estima-se que na China a utilização industrial de metais terras raras irá ser igualada à produção do minério em 2012. Por isso, o governo chinês iniciou a busca de novas fontes destes recursos naturais. A companhia chinesa China National Offshore Oil Corporation tentou adquirir a Unocal, uma companhia norte-americana sediada na Califórnia, por US$ 18,5 bilhões. A subsidiária da Uncol, Molycorp Minerals, tem o direito de explorar a única mina de metais terras raras dos EUA. Apesar da Molycorp ter fechado a exploração em 2002, a empresa deverá reativar a mina de terras raras em 2012. Já na Austrália, a Lynas Corporation iniciou a exploração de metais terras raras em 2009. Pouco tempo depois a companhia chinesa China Non-Ferrous Metal Mining Company tentou adquirir 51% das ações da Lynas, também sem sucesso, graças ao apoio do governo australiano de não querer a exploração chinesa em seu território. Mesmo assim, a Jiangsu Eastern China Non-Ferrous Metals adquiriu 25% das ações da Arafura Resources, outra companh
ia australiana que deverá explorar metais terras raras, em uma mina que representa 10% do reservatório mundial destes metais. A China também busca conseguir a exploração destes minérios no continente africano.

Fonte: Chemistry World

A ligação de hidrogênio será revista



A ligação hidrogênio, antigamente chamada de ponte de hidrogênio, é considerada a interação mais forte dentre as interações fracas. Dentre os principais tipos de interação entre átomos de moléculas diferentes, a ligação hidrogênio é a que permite as moléculas ficarem “mais juntas”. Outros tipos de interação entre átomos de diferentes moléculas, tais como interações do tipo van der Walls e dipolo-dipolo, não proporcionam interações tão fortes.

Mas porque isso acontece?
As ligações hidrogênio se estabelecem entre o hidrogênio e átomos muito eletronegativos: oxigênio, nitrogênio e flúor. Como o átomo de hidrogênio é muito eletropositivo, as interações entre H e O, H e N e H e F tendem a ser fortes, mesmo quando estes átomos estão entre moléculas diferentes. A ligação hidrogênio entre uma molécula de água e outra, por exemplo, é muito forte. E estas interações são responsáveis por quatro das cinco propriedades mais importantes da água: alto ponto de fusão, alto ponto de ebulição, alto calor específico e grande tensão superficial (a quinta propriedade importante da água é sua alta constante dielétrica, que não está diretamente relacionada à capacidade das moléculas de água de formar fortes ligações hidrogênios entre si). Estas propriedades são em grande parte responsáveis pela água ser essencial para o surgimento da vida na Terra.

As ligações hidrogênio são extremamente importantes na estruturação tridimensional de moléculas como proteínas, ácido desoxirribonucléico e polissacarídeos. Por isso, o entendimento de como as ligações hidrogênio se forma entre os átomos é realmente importante.

Em 1999, verificou-se que no gelo as ligações hidrogênio podem assumir caráter de ligação covalente, que é um tipo de ligação muito mais forte do que as ligações hidrogênio. Dados de ressonância magnética nuclear indicaram que, em casos especiais, as ligações hidrogênio de proteínas também podem apresentar caráter de ligação covalente. Além disso, até pouco tempo atrás as ligações hidrogênio eram consideradas somente entre átomos de hidrogênio e oxigênio, nitrogênio e flúor. Porém se verificou que, em alguns casos, podem surgir ligações hidrogênio entre este átomo e ligações π (pi) carbono-carbono, quando o hidrogênio está ligado a um átomo de enxofre. Isso foi verificado, por exemplo, para o sulfeto de hidrogênio (H2S) e o etileno (H2C=CH2).

Em decorrência destas descobertas recentes sobre a ligação hidrogênio, a International Union for Pure and Applied Chemistry (IUPAC) irá redefinir o conceito de ligação hidrogênio, acatando sugestões da comunidade científica até o final de março de 2011.

Fonte: Chemistry World

sábado, 29 de janeiro de 2011

Fórmula molecular

Para acharmos a fórmula molecular temos que multiplicar a fórmula mínima por "n", basicamente ela apresenta a seguinte estrutura.
 

Para calcularmos o valor do "n" é simples, basta dividirmos a massa molecular pela massa da fórmula mínima

Obs. Nem sempre da certo achar a fórmula mínima apenas por simplificações, caso queira achar a fórmula molecular de uma determinada substância da qual não se tem o conhecimento de sua fórmula mínima nem das porcentagens de cada elemento, é necessário que primeiro seja feito o cálculo da fórmula centesimal em seguida o calculo da fórmula mínima.

Na prática podemos desenvolvê-la da seguinte forma:

Exemplo: uma substância de massa molécula 180 uma apresenta em sua composição 40% de Carbono, 6,72% de hidrogênio e 53,28% de oxigênio.

Primeiro temos que ter o conhecimento da fórmula mínima, em nosso exemplo foi necessário fazermos os cálculos da fórmula mínima. 

Depois de acharmos a fórmula mínima, calculamos sua massa.

Conforme diz a fórmula do "n", iremos dividir a massa molecular pela massa da fórmula mínima.

Por fim, executaremos a fórmula molecular, multiplicando a fórmula mínima pelo valor de "n".

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Fórmula mínima

A fórmula mínima ou empírica é a fórmula em que os elementos de uma determinada substância encontram-se na menor proporção possível.

Um exemplo simples de formula mínima é a simplificação do etileno: C2H4 : 2 = CH2 (Formula mínima do etileno).

Para acharmos a fórmula mínima de uma fórmula centesimal precisamos fazer o seguinte:

Primeiro subtraímos a porcentagem de cada elemento pelo valor de suas respectivas massas no estado fundamental.

Em seguida subtraímos os valores obtidos pelo menor valor obtido.

Os valores obtidos dessas subtrações são as respectivas quantias que determinam o número de elementos, ou seja, são os novos valores da formula mínima encontrada.

Fórmula centesimal

Fórmula Centesimal ou Percentual é a fórmula que utilizamos para calcular a porcentagem de cada elemento em uma determinada substância, seja ela simples ou composta. Obs. Podemos chamar de fórmula ou composição centesimal, percentual ou porcentual.

Para isso, basta fazermos o seginte:

Retire a massa molecular.

Retire a porcentagem dos elementos utilizando suas respectivas massas, usando como 100% a massa molecular. Para isso deve-se efetuar uma regra de três.

Depois de termos calculado a porcentagem de cada substância, expressamos a formula centesimal utilizando no lugar do número que representa a quantidade de elementos sua porcentagem.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Aviso

O Imperial Química estava com alguns problemas, dos quais irei citar seus motivos e possíveis soluções:
  • Aparência: O problema estava voltado para o local onde coloquei o Gadget das páginas, quando o site era visualizado através do Mozilla Firefox sua aparência era perfeita, no entanto, quando fosse visualizado de outros navegadores, em especial o Internet Explorer, o espaço entre cada título das páginas fica muito grande, além disso a ultima página da fileira de cima aparece toda “comprimida”, alterando sua estrutura. De certo modo tomamos todas as medidas cabíveis em relação a este problema, e como podem ver sua aparência esta bem melhor.
  • Logomarca: No início, quando o site era apenas um projeto inacabado, sua logomarca era apenas uma figura qualquer, que poderia ser facilmente encontrada por sites de pesquisa, agora, com o avanço do nosso trabalho, nós desenvolvemos uma logomarca para cada servidor do Grupo Imperial Educacional de Conhecimentos Sócio-científicos.
  • Atrasos: resolvemos dar um tempo de férias para cada um de nossos editores, agora com a chegada desse novo ano, iremos fazer o possível para atualizar nosso trabalho que, de certo modo, vem sendo cada vez melhor.
  • Agradecimentos: Eu como fundador e editor do Imperial química e Física, agradeço pela participação de todos nossos aditores.
Mariana Gomes: Imperial Matemática.
Bismark Alves: Imperial Literatura.

sábado, 8 de janeiro de 2011

A química do amor

Você já ouviu esta frase: Rolou uma química entre nós! Será que existe mesmo uma explicação científica para o amor?

O sentimento não afeta só o nosso ego de forma figurada, mas está presente de forma mais concreta, produz reações visíveis em nosso corpo inteiro. Se não fosse assim como explicar as mãos suando, coração acelerado, respiração pesada, olhar perdido (tipo "peixe morto"), o ficar rubro quando se está perto do ser amado?

Afinal, o amor tem algo a ver com a Química? Na verdade O AMOR É QUÍMICA! Todos os sintomas relatados acima têm uma explicação científica: são causados por um fluxo de substâncias químicas fabricadas no corpo da pessoa apaixonada. Entre essas substâncias estão: adrenalina, noradrenalina, feniletilamina, dopamina, oxitocina, a serotonina e as endorfinas. Viu como são necessários vários hormônios para sentir aquela sensação maravilhosa quando se está amando?

A dopamina produz a sensação de felicidade, a adrenalina causa a aceleração do coração e a excitação. A noradrenalina é o hormônio responsável pelo desejo sexual entre um casal, nesse estágio é que se diz que existe uma verdadeira química, pois os corpos se misturam como elementos em uma reação química.

Mas acontece que essa sensação pode não durar muito tempo, neste ponto os casais têm a impressão que o amor esfriou. Com o passar do tempo o organismo vai se acostumando e adquirindo resistência, passa a necessitar de doses cada vez maiores de substâncias químicas para provocar as mesmas sensações do início. É aí que entra os hormônios ocitocina e vasopressina, são eles os responsáveis pela atração que evolui para uma relação calma, duradoura e segura, afinal, o amor é eterno!

Fonte: Brasil Escola

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

O Guia Imperial do Cientista Físico-Químico

O Guia Imperial do Cientista Físico-Químico será o futuro livro que irei fazer com base nos postagens deste site, se tudo der certo como diz seu próprio nome também irei fazer o Imperial Física, mas ate o momento tudo que posso dizer é que o livro só será em 2013, é neste ano que irei ter concluído todo o conteúdo básico deste site, caso eu queira completá-lo com artigos mais “pesados” e complexos a data de criação do livro será adiada.



terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Incargranina B, o primeiro alcalóide indolo-[1,7] naftiridínico

O primeiro alcalóide com um núcleo indolo-[1,7]naftiridínico foi isolado da planta Incarvillea mairei var. grandiflora (Wehrh.) Grierson (Bignoniaceae), originária da China. Obtido a partir do extrato etanol/H2O 80:20, por cromatografia em coluna de sílica-gel (eluída com um gradiente de metanol em clorofórmio) e purificação por cromatografia em coluna de Sephadex LH-20 (eluída com metanol), o alcalóide foi identificado pela análise de seus dados espectroscópicos. Nenhuma atividade biológica foi mencionada para o alcalóide de Incarvillea mairei var. grandiflora.
Fonte: Química de Produtos Naturais

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Tecnécio-99 e Astato-210

A utilização de radioisótopos em medicina nuclear está severamente comprometida por causa da diminuição da disponibilidade de um elemento radioativo para esta técnica de diagnóstico. Segundo notícia publicada no ScienceDaily, o principal elemento que é utilizado em medicina nuclear, o Tecnécio-99 (99Tc), é derivado do Molibdênio-99, o qual apresenta atualmente baixa ocorrência. O 99Tc é utilizado em cerca de 16 milhões de testes de diagnóstico/ano nos EUA, principalmente de câncer e doenças cardíacas. Devido à baixa produção de 99Tc, muitos exames não estão sendo realizados, comprometendo a continuidade de tratamentos médicos.

O 99Tc utilizado para fins médicos é produzido por 6 reatores nucleares, que devem passar por manutenções periódicas. O problema é que os reatores estão se tornando velhos e inadequados para a produção de radioisótopos. O problema se tornou particularmente grave em maio deste ano, quando o reator NRU de Chalk River, Canadá, parou de funcionar e deverá permanecer em manutenção por 1 ano. Este reator é o principal produtor de 99Tc. Leia mais sobre o 99Tc aqui.

Este fato lembrou outro, ocorrido em sala de aula. Discutindo sobre a reatividade de halogenetos de alquila, um dos alunos perguntou “E o Astato (210At), professor?”. Tive que confessar meu total desconhecimento sobre a química do 210At, e deleguei ao aluno trazer informações sobre o 210At para a sala de aula. Dito e feito. Na aula seguinte, o aluno relatou que a química do 210At é praticamente inexistente pelo fato de existirem somente 25 g de 210At na superfície terrestre. É verdade. O 210At é considerado o elemento natural mais raro

Fonte: Química de Produtos Naturais